
A China caminha para dominar mais de 50% da produção mundial de robôs humanoides ainda em 2025, segundo relatório da Leaderobot em parceria com outras nove instituições. O estudo prevê a fabricação de mais de 10 mil unidades este ano, com receitas que devem alcançar 8,24 bilhões de yuans (US$ 1,14 bilhão). Impulsionada pela queda nos custos, maturidade tecnológica e apoio estatal, a indústria chinesa se prepara para sair da fase de testes e iniciar a comercialização em larga escala, em um movimento comparado ao avanço do país no mercado de veículos elétricos.
Um marco recente dessa expansão foi a implantação anunciada de 20 robôs humanoides industriais pela UBTech Robotics em parceria com a montadora Dongfeng Liuzhou Motor, prevista para o primeiro semestre de 2025. O relatório também destaca o crescimento da chamada “inteligência incorporada”, que une IA e interações físicas, com projeções de um salto de mercado para 103,8 bilhões de yuans até 2030 — cerca de 45% do mercado global.
Para especialistas, como Wang Tianmiao, da Universidade de Beihang, o avanço reflete tanto a força de mercado quanto a estratégia nacional da China, que busca liderança global em tecnologias emergentes. O setor vem sendo impulsionado por um ambiente favorável: desde o início de 2024, os investimentos cresceram com apoio político, avanços tecnológicos e parcerias internacionais. O estudo alerta, no entanto, que será essencial estabelecer padrões e evitar riscos de bolhas para garantir o desenvolvimento sustentável da indústria.
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