EUA apoiam bloqueio de Israel à ajuda humanitária em Gaza durante julgamento na Corte da ONU

O governo dos Estados Unidos defendeu nesta quarta, 30, na Corte Internacional de Justiça, o direito de Israel bloquear a entrada de ajuda humanitária em Gaza, caso envolva organizações que considere “parciais”, como a Agência da ONU para Refugiados Palestinos (UNRWA). Representando Washington, o funcionário do Departamento de Estado Josuah Simmons afirmou que a legislação internacional permite a uma potência ocupante controlar a forma como a ajuda é fornecida, alegando que Israel tem motivos para questionar a imparcialidade da agência da ONU.

A posição dos EUA contrasta com a de outros países que se pronunciaram durante as audiências iniciadas em Haia, após mais de 50 dias de bloqueio total imposto por Israel à Faixa de Gaza. França, Rússia, Indonésia e Brasil defenderam que a entrada de suprimentos essenciais à sobrevivência da população palestina seja garantida, sem impedimentos. Segundo a UNRWA, mais de 290 funcionários foram mortos desde o início do conflito e 311 instalações da agência foram atacadas. Três mil caminhões com ajuda humanitária aguardam autorização para entrar em Gaza.

Israel, que acusa a UNRWA de vínculos com o Hamas — sem apresentar provas à investigação independente da ONU —, afirma que só permitirá ajuda humanitária após a rendição completa do grupo e a libertação dos reféns. Em meio ao impasse, o ministro das Relações Exteriores de Israel, Gideon Sa’ar, acusou a ONU de perseguição e declarou que a Corte está sendo usada para deslegitimar o país. As audiências seguem até sexta, 2, com quase 40 países e quatro organizações internacionais previstas para se manifestar.

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