
A taxa média de juros para famílias e empresas atingiu 42,3% ao ano em janeiro nas concessões de crédito livre, segundo o Banco Central (BC). O aumento foi de 1,6 ponto percentual no mês e 4,6 pontos percentuais em 12 meses. Entre as famílias, o custo médio do crédito chegou a 53,9% ao ano, impulsionado principalmente pelo crédito pessoal não consignado e pelo financiamento de veículos. Já para as empresas, a taxa foi de 24,2% ao ano, refletindo o encarecimento das operações de capital de giro e do uso do cartão de crédito rotativo.
Apesar da alta dos juros, o saldo total das operações de crédito no país se manteve estável em janeiro, somando R$ 6,5 trilhões. O crédito às famílias cresceu 1,2%, enquanto para as empresas houve uma queda de 1,8% no saldo. Em relação ao crédito livre, as operações somaram R$ 3,7 trilhões, com redução de 0,5% no mês, mas um aumento de 11,5% em 12 meses. A inadimplência também subiu, atingindo 3,2% da carteira de crédito do Sistema Financeiro Nacional (SFN), com destaque para as famílias, que registraram taxa de 5,5%.
O relatório do BC também apontou um aumento no comprometimento da renda das famílias, que chegou a 26,8%, o maior nível desde outubro de 2023. O endividamento familiar se manteve em 48,3% em dezembro, sinalizando maior dificuldade de pagamento das dívidas. Já o saldo do crédito ampliado ao setor não financeiro atingiu R$ 18,5 trilhões, representando 155,6% do PIB, com queda de 0,8% no mês, impactado pela valorização do real frente ao dólar.
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