Bolsas da China e Hong Kong sobem após sinalização de diálogo com os EUA

As bolsas da China e de Hong Kong fecharam em alta nesta quarta, 9, impulsionadas por um documento oficial de Pequim que demonstrou disposição para dialogar com os Estados Unidos, após a imposição de tarifas de 104% pelo governo norte-americano. O índice CSI300 avançou 0,99%, o SSEC, de Xangai, subiu 1,31% e o Hang Seng, de Hong Kong, teve alta de 0,68%. O otimismo foi reforçado por promessas do Estado chinês de apoiar o mercado local e por ações de corretoras e empresas para estabilizar os preços das ações.

Apesar da reação positiva nos mercados asiáticos, os índices europeus recuaram fortemente diante do agravamento das tensões comerciais. O índice STOXX 600 caiu 3,23% e se aproxima do patamar que caracteriza um “bear market”. As tarifas recíprocas impostas por Donald Trump afetaram setores como energia, farmacêutico e mineração. As ações das farmacêuticas Roche, Novartis e Novo Nordisk recuaram até 5,9%, após o anúncio de tarifas adicionais sobre importações do setor. Já o petróleo atingiu o menor valor em quatro anos, derrubando o setor de energia.

Na Ásia, houve desempenho misto: enquanto os mercados chineses reagiram bem, o Nikkei, de Tóquio, caiu 3,9%; o Kospi, da Coreia do Sul, recuou 1,74%; e o Taiex, de Taiwan, teve baixa de 5,79%. A escalada das tensões também voltou os olhos dos investidores para setores estratégicos como semicondutores e inteligência artificial, que subiram 5,3% e 3,4%, respectivamente, diante da aposta na autossuficiência tecnológica da China. Já na Europa, o clima é de cautela e incerteza, com analistas alertando para a possibilidade de um novo ciclo de forte volatilidade nos mercados globais.

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