A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, por unanimidade, tornar réus seis investigados do núcleo 2 da chamada trama golpista. Entre os denunciados estão ex-assessores do ex-presidente Jair Bolsonaro e ex-integrantes da cúpula da Polícia Rodoviária Federal e do Ministério da Justiça. Eles responderão por crimes como tentativa de golpe de Estado, organização criminosa armada e deterioração de patrimônio tombado, após o recebimento da denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR).
O relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, foi acompanhado pelos ministros Flávio Dino, Cármen Lúcia, Luiz Fux e Cristiano Zanin. Moraes detalhou os indícios contra os acusados, citando a participação na elaboração da chamada “minuta do golpe” e no plano “Punhal Verde Amarelo”, que previa ações violentas contra autoridades como ele próprio, o presidente Lula e o vice-presidente Geraldo Alckmin. Também foram mencionadas as operações da PRF no segundo turno das eleições de 2022, com objetivo de dificultar o voto de eleitores do Nordeste.
Com a abertura da ação penal, os acusados entram na fase de instrução processual, em que poderão apresentar testemunhas e provas em defesa própria. Ainda não há data definida para o julgamento. No total, 14 pessoas já foram tornadas rés nos núcleos 1 e 2 da investigação. As denúncias referentes aos demais núcleos ainda serão analisadas pelo STF. As defesas negam qualquer envolvimento com atos golpistas.
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