O ex-presidente Jair Bolsonaro apresentou sua defesa prévia ao Supremo Tribunal Federal (STF) na ação penal que o investiga por participação em uma trama golpista. No documento protocolado nesta segunda, 28, Bolsonaro indicou 15 testemunhas de defesa, entre elas o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, o ex-ministro Eduardo Pazuello, os senadores Rogério Marinho, Ciro Nogueira e Hamilton Mourão, além de militares como o general Gomes Freire e o brigadeiro Batista Júnior, e o ex-diretor do TSE Giuseppe Janino.
Bolsonaro foi intimado enquanto se recuperava de uma cirurgia intestinal na UTI do Hospital DF Star, em Brasília, o que motivou reclamações de sua defesa. Os advogados alegaram que a citação contrariou normas do Código de Processo Civil e foi feita apesar das orientações médicas contrárias. O ex-presidente realizou uma transmissão ao vivo da UTI no dia 22, o que levou o STF a determinar a intimação no hospital no dia seguinte, após sucessivas tentativas frustradas devido ao seu estado de saúde.
O processo no STF teve início em março, quando Bolsonaro e outros sete investigados se tornaram réus por crimes como organização criminosa armada, tentativa de golpe de Estado e abolição violenta do Estado Democrático de Direito. Segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR), o ex-presidente tinha conhecimento do plano denominado “Punhal Verde Amarelo”, que previa ações violentas, incluindo o assassinato do presidente Lula, do vice Geraldo Alckmin e do ministro Alexandre de Moraes, além de posse da chamada “minuta do golpe”, documento que supostamente detalharia medidas para a ruptura institucional.
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