
Pelo menos seis palestinos encarregados de proteger caminhões de ajuda humanitária foram mortos em ataques aéreos israelenses, segundo autoridades do Hamas. Os comboios tentavam evitar saques enquanto levavam alimentos e suprimentos médicos à população faminta de Gaza, após 11 semanas de bloqueio. A distribuição dos mantimentos tem sido dificultada por roubos violentos, inclusive por homens armados, principalmente na região de Khan Younis, informou uma rede de grupos humanitários.
Desde segunda,20, quando Israel começou a aliviar as restrições de entrada, 119 caminhões de ajuda passaram pelo ponto de Kerem Shalom, mas muitos ainda não chegaram aos civis. Os militares israelenses afirmam ter autorizado a entrada de cerca de 300 caminhões até agora, embora parte da carga siga retida na fronteira. Enquanto isso, novos bombardeios durante a noite atingiram 75 alvos, matando ao menos 25 pessoas, de acordo com os serviços médicos palestinos.
Israel acusa o Hamas de se apropriar dos suprimentos, o que teria motivado o bloqueio iniciado em março, após o colapso de um cessar-fogo. O grupo, por sua vez, nega e afirma que seus combatentes foram mortos tentando proteger os carregamentos. A guerra foi deflagrada em 7 de outubro de 2023, após um ataque do Hamas que matou cerca de 1.200 pessoas e deixou outras 251 sequestradas. Desde então, mais de 53.600 palestinos foram mortos, segundo autoridades de saúde de Gaza, e sinais de desnutrição severa se espalham entre a população civil.
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