
As autoridades russas fecharam nesta terça, 3, a ponte de Kerch, que liga a Crimeia ao território continental da Rússia, após relatos de danos nas fundações provocados por uma operação ucraniana. O Serviço de Segurança da Ucrânia (SBU) afirmou ter detonado 1.100 quilos de explosivos subaquáticos em uma das bases da ponte, em uma ação que teria sido planejada por vários meses e que, segundo o órgão, não causou vítimas civis. O fechamento do tráfego rodoviário foi confirmado pelo centro de informação rodoviário russo, que classificou a suspensão como temporária.
O conselheiro do líder da Crimeia, Oleg Kriuchkov, relatou “intensas atividades militares ucranianas no Mar Negro”, especialmente próximas à costa da península, e alertou contra informações falsas divulgadas nas redes sociais ucranianas. Já em redes russas, há relatos sobre a presença de numerosos drones náuticos na região, com tentativas ucranianas de ultrapassar os bloqueios flutuantes instalados na direção da ponte. Este é o terceiro ataque ucraniano registrado contra a estrutura desde o início do conflito, sendo que a ponte foi construída por ordem do presidente Vladimir Putin após a anexação da Crimeia, em 2014.
O chefe do SBU, Vasil Maliuk, destacou que a ponte de Kerch é um alvo legítimo por sua função estratégica, já que conecta a Rússia ao território ucraniano ocupado e serve como principal via de abastecimento para o Exército russo. A operação de ataque à ponte ocorre em meio a outras ofensivas ucranianas recentes, incluindo um ataque em grande escala com drones no último domingo, 1º, que atingiu diversas bases aéreas russas, danificando cerca de 40 aviões, dos quais 12 foram destruídos segundo o Estado-Maior ucraniano. Maliuk reafirmou a posição ucraniana de que “a Crimeia é a Ucrânia” e que qualquer ato de ocupação será respondido com ações firmes.
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