Durante depoimento no STF, Mauro Cid fala sobre a minuta do golpe apresentada para Bolsonaro

O Supremo Tribunal Federal (STF) iniciou, nesta segunda, 9, os interrogatórios dos réus do núcleo principal da trama golpista investigada durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro. No primeiro dia de audiências, conduzidas pelo ministro Alexandre de Moraes, foram ouvidos o ex-ajudante de ordens Mauro Cid e o ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Alexandre Ramagem. Cid confirmou ter participado de uma reunião em que foi apresentado a Bolsonaro um documento com propostas de estado de sítio e prisão de ministros do STF, além de relatar o repasse de dinheiro do general Braga Netto a um militar do esquadrão de elite do Exército.

Já Alexandre Ramagem negou ter utilizado a Abin para monitorar ilegalmente ministros do STF e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). As oitivas fazem parte da ação penal que apura crimes como tentativa de golpe de Estado, organização criminosa armada e abolição violenta do Estado Democrático de Direito. A audiência foi suspensa ao fim do dia e será retomada nesta terça, 10, às 9h, com o depoimento do ex-comandante da Marinha, Almir Garnier.

Ao todo, serão ouvidos até sexta, 13, oito acusados, entre eles o ex-presidente Jair Bolsonaro, o general Braga Netto e os ex-ministros Anderson Torres, Augusto Heleno e Paulo Sérgio Nogueira. Essa é uma das últimas etapas da ação penal que pode levar à condenação dos envolvidos. O julgamento está previsto para o segundo semestre, e, em caso de condenação, as penas podem ultrapassar 30 anos de prisão.

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