
Uma comissão da Organização das Nações Unidas (ONU) denunciou nesta quinta, 13, que os ataques sistemáticos de Israel à saúde sexual e reprodutiva na Faixa de Gaza configuram atos de genocídio. De acordo com o relatório apresentado em Genebra, as forças israelenses destruíram parcialmente a capacidade dos palestinos de terem filhos ao atacar instalações médicas, incluindo maternidades e clínicas de fertilização in vitro. A investigação aponta que essas ações se enquadram em dois dos critérios para genocídio estabelecidos pela ONU.
A embaixada de Israel em Genebra rejeitou as acusações, classificando-as como “infundadas” e alegando que a comissão da ONU tem uma postura tendenciosa. Além das denúncias relacionadas à saúde reprodutiva, o relatório também menciona o bloqueio israelense à ajuda humanitária, afirmando que as condições impostas pelo país têm causado a destruição física dos palestinos em Gaza. Segundo o documento, mulheres e crianças morreram devido à falta de atendimento médico adequado, o que também poderia ser considerado crime contra a humanidade.
O comitê responsável pelo relatório foi criado pelo Conselho de Direitos Humanos da ONU em 2021 e já havia acusado Israel de crimes contra a humanidade e o Hamas de crimes de guerra. No documento mais recente, a destruição da clínica Al-Basma, que armazenava milhares de embriões, é apontada como uma tentativa deliberada de impedir nascimentos na região, reforçando a acusação de genocídio.
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