Carlos Lupi deixa Ministério da Previdência em meio a investigação sobre fraudes no INSS

O ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, deixou o cargo nessa sexta, 2, após reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no Palácio do Planalto. Em seu lugar, assume o ex-deputado federal Wolney Queiroz, que ocupava a secretaria-executiva da pasta. A mudança ocorre em meio à investigação da Polícia Federal e da Controladoria-Geral da União sobre um suposto esquema de descontos não autorizados de mensalidades associativas em benefícios pagos pelo INSS, que movimentou cerca de R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024.

Em nota publicada nas redes sociais, Lupi afirmou que sua saída é motivada pela responsabilidade institucional, ressaltando que seu nome não foi citado nas investigações. “Espero que as investigações sigam seu curso natural, identifiquem os responsáveis e punam, com rigor, aqueles que usaram suas funções para prejudicar o povo trabalhador”, escreveu o ex-ministro, que também agradeceu os servidores da Previdência e declarou que continuará colaborando com o governo para que os valores desviados sejam recuperados.

Além da saída de Lupi, o escândalo já provocou a exoneração do então presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, o afastamento de quatro dirigentes da autarquia e de um policial federal. O caso gerou reação no Congresso, com a oposição protocolando um pedido de CPI para investigar a atuação dos sindicatos envolvidos. O governo suspendeu os descontos e, por meio da Advocacia-Geral da União, criou um grupo para buscar a devolução dos valores. Em pronunciamento recente, Lula afirmou que os beneficiários lesados serão ressarcidos.

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