
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump anunciou que Índia e Paquistão concordaram com um cessar-fogo “total e imediato”, após o quarto dia de ataques e contra-ataques contra as instalações militares entre os dois países.
“Após uma longa noite de negociações mediadas pelos Estados Unidos, tenho o prazer de anunciar que a Índia e o Paquistão concordaram com um CESSAR-FOGO TOTAL E IMEDIATO. Parabéns a ambos os países por usarem bom senso e grande inteligência”, disse Trump, em uma publicação no Truth Social.
O anúncio repentino ocorreu em um dia em que aumentaram os temores de que os arsenais nucleares dos países pudessem ser afetados, já que o exército paquistanês disse que um importante órgão militar e civil que supervisiona seus armamentos se reuniria.
Autoridades de ambos os lados demonstraram disposição de recuar após as trocas de farpas do dia, já que o número combinado de civis mortos nos dois lados subiu para 66.
Histórico do Conflito
Os combates começaram na última quarta,7 , quando a Índia realizou ataques contra o que chamou de “infraestrutura terrorista” na Caxemira paquistanesa e no Paquistão, duas semanas depois de 26 pessoas terem sido mortas em um ataque contra turistas hindus na Caxemira indiana.
O Paquistão negou as acusações da Índia de envolvimento no ataque aos turistas. Desde quarta-feira, os dois países trocam tiros e bombardeios transfronteiriços, além de enviar drones e mísseis para o espaço aéreo um do outro.
Os países estão envolvidos em uma disputa pela Caxemira desde que nasceram, após o fim do domínio colonial britânico, em 1947. A Índia, de maioria hindu, e o Paquistão islâmico reivindicam a Caxemira integralmente, mas a governam em parte.
Eles entraram em guerra três vezes desde então, incluindo duas vezes pela Caxemira, e houve diversos confrontos.
A Índia culpa o Paquistão por uma insurgência em sua região da Caxemira, que começou em 1989 e já matou dezenas de milhares de pessoas. Também culpa grupos militantes islâmicos paquistaneses por ataques em outras partes da Índia.
O Paquistão rejeita ambas as acusações e afirma que apenas fornece apoio moral, político e diplomático aos separatistas da Caxemira.
Seja o primeiro a comentar