
Após encontro com os presidentes da Câmara, Hugo Motta, e do Senado, Davi Alcolumbre, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, explicou à imprensa os principais pontos da reunião, cujo foco foi o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) anunciado na semana passada. Segundo Haddad, o governo apresentou a necessidade da medida e alertou sobre as consequências da eventual revogação pelo Congresso.
O ministro ressaltou que o aumento do IOF integra um conjunto de ações para cumprir as metas fiscais acordadas, incluindo um corte de R$ 30 bilhões em despesas públicas, divididos entre bloqueios e contingenciamentos, e R$ 20 bilhões em receitas adicionais. Haddad explicou que a revogação da medida poderia levar a um contingenciamento ainda maior e comprometer o funcionamento da máquina pública brasileira.
Os presidentes das Casas manifestaram preocupação com a recepção da medida pelos partidos políticos e solicitaram ao governo a apresentação de uma agenda estrutural de médio e longo prazo, que contemple aspectos orçamentários mais amplos e possa substituir medidas pontuais como o aumento do IOF. Haddad afirmou que o governo está aberto a debater essa agenda, que deve incluir reformas no gasto primário e tributário, e que pretende retomar as conversas após a próxima semana.
Sobre a possibilidade de revogação do decreto pelo próprio governo, o ministro foi claro: o foco está na decisão do Congresso, onde já existem mais de 20 pedidos de suspensão da medida. Haddad também comentou que o governo recebeu sugestões da Febraban, que estão sendo analisadas, mas reforçou os desafios constitucionais e regulatórios envolvidos.
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