Haddad sinaliza mudanças estruturais após pressão sobre IOF e reforça diálogo com Congresso

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o governo avalia promover ajustes mais amplos na política tributária, após o início da cobrança de IOF sobre operações de risco sacado. A medida, que começou a valer esta semana, gerou reação entre parlamentares. Segundo Haddad, o tema foi discutido com o presidente da Câmara, Arthur Lira, e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e há uma convergência para tratar do assunto dentro de um pacote de reformas estruturais mais amplo, que vai além de soluções pontuais para fechar o orçamento de 2025.

Haddad deixou claro que não pretende abrir mão das metas fiscais estabelecidas, mas destacou que prefere resolver os desafios fiscais por meio de reformas duradouras. “Nós ganhamos credibilidade em 2023 ao fazer mudanças estruturais. O país precisa de previsibilidade, não de paliativos anuais”, afirmou. Entre os pontos debatidos com o Congresso estão correções em distorções tributárias do sistema financeiro, com possível recalibragem do IOF, mas atrelada a uma proposta mais ampla de reorganização da carga tributária.

O ministro também criticou o atraso na compensação da desoneração da folha, o que gerou um rombo de R$ 22 bilhões, e reforçou que a transparência nas discussões é fundamental para que o Congresso tome decisões políticas maduras. Haddad disse estar confiante na construção de um acordo nos próximos dias, antes da viagem do presidente Lula, que envolva tanto a revisão da tributação atual quanto o avanço em reformas que garantam sustentabilidade fiscal no médio e longo prazo.

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