
A Fundação Humanitária de Gaza (GHF) anunciou nesta terça, 3, a suspensão temporária, por um dia, das operações nos centros de distribuição alimentar da Faixa de Gaza, autorizadas pelas autoridades israelenses. A medida visa a realização de trabalhos de renovação e reorganização para melhorar a eficiência do atendimento, com previsão de retomada das atividades na quinta, 5. O exército israelense confirmou a interrupção e proibiu a circulação nas áreas próximas aos centros, consideradas zonas de combate.
A decisão ocorre em meio a uma escalada de violência na região, com ataques aéreos israelenses que deixaram ao menos dez mortos em uma escola em Khan Younis, incluindo crianças, e relatos de pelo menos 27 palestinos mortos por fogo israelense enquanto aguardavam ajuda humanitária em Rafah. A distribuição de alimentos tem sido marcada por caos e confrontos, com a ONU denunciando os postos da GHF como “armadilhas mortais” e questionando a neutralidade da fundação, que substituiu agências internacionais tradicionais, como a Unrwa, na distribuição de ajuda após acusações israelenses contra esta última.
Enquanto isso, cresce a pressão internacional sobre o conflito. Nesta quarta, 4, o Conselho de Segurança da ONU deve votar um projeto de resolução que exige cessar-fogo imediato e acesso humanitário em Gaza, além da libertação dos reféns. Espera-se que os Estados Unidos vetem a proposta, como já ocorreram em ocasiões anteriores, aumentando críticas internacionais sobre a paralisia do conselho. Ativistas e diplomatas pedem ação urgente para evitar uma catástrofe humanitária na região, marcada por um bloqueio severo imposto por Israel desde maio e um aumento da ofensiva militar.
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