Banco do Brasil tem queda de 22% e fecha 2020 em R$ 13,8 bi, no lucro ajustado

Fachada do Banco do Brasil. Brasilia, 03-06-2019. Foto: Sérgio Lima/PODER 360

O Banco do Brasil, uma das instituições financeiras mais sólidas do país, teve recuou 22,2%, no ano de 2020, passando de R$ 17,848 bilhões para R$ 13,884 bilhões, no lucro ajustado.

Apesar de um lucro líquido ajustado de R$ 3,695 bilhões no quarto trimestre de 2020, a estatal sofreu uma queda de 20,1% na comparação com o mesmo intervalo de 2019. Comparado ao terceiro trimestre, houve uma alta de 6,1% no lucro.

Já a receita de prestação de serviços do BB encerrou o período entre outubro e dezembro em R$ 7,389 bilhões, um leve recuo de 1,6% ante os R$ 7,508 bilhões de um ano antes. Em 2020, a receita caiu 1,7%, para R$ 28,702 bilhões.

O crescimento verificado em comparação ao terceiro trimestre está relacionado à redução de 6,3% das provisões no conceito ampliado, à expansão de 1,5% nas receitas com prestação de serviços, ao avanço de 1,1% na margem financeira bruta.

Segundo o banco, a piora na comparação anual é explicada principalmente pelo aumento das provisões para créditos de liquidação duvidosa, no conceito ampliado, que cresceram 47,6% no quarto trimestre ante igual período de 2019, influenciadas pela antecipação de provisões prudenciais, que somaram R$ 8,1 bilhões.

A Carteira de Crédito Ampliada, por sua vez, fechou dezembro em R$ 742,0 bilhões, um crescimento de 1,5% na comparação com o resultado no fim do terceiro trimestre, com destaque para as operações com o varejo e o agronegócio, de acordo com o BB.

A carteira Pessoa Física cresceu 3,0%, melhora que, segundo o banco, se deu principalmente devido à performance positiva no crédito consignado (+4,0%) e no cartão de crédito (+15,9%).

A rentabilidade sobre o patrimônio líquido, refletida no indicador RSPL, atingiu 12,1% no último trimestre do ano passado contra 12% nos três meses anteriores. No ano, foi a 12% ante 17,3% em 2019. A pandemia dificultou ainda mais a batalha do BB para fechar a distância de retorno existente perante seus pares privados. Com o reforço no colchão para perdas, a rentabilidade foi prejudicada.

O último trimestre do ano passado marca o primeiro ‘completo’ sob a gestão de André Brandão, que assumiu a presidência do BB no fim de setembro, no lugar da economista Rubem Novaes. Ele desembarcou no banco, vindo do HSBC, com o desafio de destravar uma agenda de desinvestimentos, atropelada em meio à pandemia, e preparar a instituição para a arena digital que se transformou o sistema financeiro, em um mundo mais digital e eficiente.

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