Mais de 450 pessoas foram resgatadas em condições de trabalho escravo em MG

O Ministério Público do Trabalho em Minas Gerais (MPT-MG) publicou nesta sexta, 28, uma pesquisa acerca do enfrentamento ao trabalho escravo na região. O órgão alega que as operações de fiscalizações resgataram mais de 450 trabalhadores desse tipo de exploração.

“Lavouras de café, milho, alho, produção de carvão são alguns dos setores econômicos que ainda mantêm esse tipo de conduta. A exploração de idosos esteve entre os flagrantes das operações durante o ano”, informou o MPT em nota alusiva ao 28 de janeiro, o Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo.

O Ministério informa que em todo território nacional foram instaurados 2.810 inquéritos ao longo do ano. Foram ajuizadas 459 Ações Civis Públicas (ACP) e firmados 1.164 Termos de Ajustamento de Conduta (TAC).

Histórico
Segundo MPT-MG, no início de 2021 foram encontrados 140 trabalhadores em condições análogas à de escravos no Brasil, 29 deles em Minas. Um deles, menor de idade.

Na ocorrência da Operação Resgate, mais de 360 autos de infração foram lavrados e mais R$ 500 mil foram pagos em verbas rescisórias aos trabalhadores.

Em junho do ano passado, 84 trabalhadores abrigados em alojamentos improvisados e ausente de condições sanitárias foram resgatados de uma lavoura de milho localizada em Paracatu. Além disso, os agentes informaram que essas pessoas não recebiam refeições e faziam as necessidades fisiológicas no mato.

Também em junho, quatro trabalhadores rurais em condições escravistas foram retirados de uma fazenda localizada na cidade mineira de Rio Vermelho. Uma idosa de 83 anos, que esteve trabalhando no lugar por mais de 60 anos sem receber salário e nenhum outro direito trabalhista, e um trabalhador rural de 49 anos que trabalhou na propriedade por mais de 30 anos, sendo vítima das mesmas faltas de condições humanitárias, foram resgatados do local.

Os fiscais envolvidos dizem que a maior quantidade de trabalhadores explorados é vinculada a uma operação em João Pinheiro e Coromandel Nela, em que foram encontradas 130 pessoas, sendo 116 na produção de alho e 14 em duas carvoarias.

FONTE: EBC

 

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