Uma mulher, referida como “paciente de Nova York”, é a terceira pessoa a ser curada de HIV, depois de passar pelo processo de recebimento de células-tronco doadas de um cordão umbilical com uma mutação resistente ao vírus.
Em reportagem publicada pelo jornal The New York Times, os pesquisadores afirmaram que após o transplante a mulher teria desenvolvido um novo sistema imunológico resistente ao vírus.
Além disso, a paciente também portava leucemia e, há aproximadamente quatro anos, recebeu o sangue do cordão umbilical para tratar o câncer.
Os cientistas alegam que como o sangue do cordão umbilical é muito mais disponível do que as células-tronco adultas, o êxito do transplante é uma expectativa para futuros pacientes.
O uso do sangue do cordão umbilical não precisa ser compatível com o sangue do receptor, e por isso é uma novidade que pode levar o tratamento do HIV a distintos pacientes.
Transplante de células-tronco
A paciente de Nova York é integrante de uma pesquisa iniciada em 2015, idealizada para monitorar os resultados de 25 pessoas com HIV nos Estados Unidos e que se submeteram a um transplante.
Conforme explicou ao The New York Times, Yvonne Bryson, médica de doenças infecciosas da UCLA e líder do estudo, o caso é especial por várias razões, principalmente por se tratar de uma mulher americana e não branca que precisava de um transplante de células-tronco para o tratamento de leucemia.
Não há comprovações que explique o porquê do transplante com células-tronco do cordão umbilical ter mais sucesso do que aqueles com células-tronco adultas. Os pesquisadores acreditam que talvez sejam células mais adaptáveis.
Cura para o HIV
Embora tenha os resultados sejam promissores, os cientistas acrescentam que o método pode não se aplicar a todos os pacientes diagnosticados com o vírus.
De acordo com os pesquisadores, um transplante de medula óssea não é uma estratégia viável em larga escala para curar o HIV. Desta forma, eles acreditam que esse foi um passo importante e uma prova de que o HIV pode ser curado.
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