Com o acirramento das tensões, a China disparou vários mísseis ao redor de Taiwan nesta quinta, 4, lançando exercícios militares sem precedentes um dia após uma visita da presidente da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, à ilha autogovernada que Pequim considera parte de seu território soberano.
A ação incluiu disparos reais nas águas ao norte, sul e leste de Taiwan, elevando as tensões na região ao nível mais alto em um quarto de século.
O Comando do Teatro Oriental da China que completou vários disparos de mísseis convencionais em águas ao largo da costa leste de Taiwan, demonstrando os exercícios planejados em seis zonas diferentes que Pequim disse que ocorrerão até o meio-dia de domingo.
Regras violadas
O Ministério da Defesa de Taiwan confirmou que 11 mísseis balísticos Dongfeng chineses foram disparados em águas ao redor da ilha. A última vez ação chinesa dessa magnitude foi em 1996.
As autoridades de Taiwan desaprovaram os exercícios, alegando que a China violou as regras da Organização das Nações Unidas (ONU) e invadiu seu espaço territorial.
As tensões foram intensificadas antes da visita não anunciada de Pelosi, que esteve na ilha mesmo com alertas enfáticos da China contrários à viagem.
Ao meio-dia, navios de guerra dos dois lados permaneciam na área e nas proximidades, e Taiwan enviou jatos e sistemas de mísseis para rastrear várias aeronaves chinesas que cruzavam a linha.
A China, que reivindica Taiwan como parte de seu território e acredita ter o direito de tomar a ilha à força, disse que seus problemas com a ilha autogovernada são um assunto interno.
Japão
Cinco mísseis balísticos disparados pela China parecem ter caído na zona econômica exclusiva do Japão (ZEE), disse o ministro da Defesa japonês, Nobuo Kishi, nesta quinta, 4, dizendo que esse foi o primeiro incidente desse tipo.
O ministro acrescentou que o Japão apresentou um protesto por vias diplomáticas.
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