Calor intenso pode aumentar risco de eventos cardiovasculares

Apesar de o verão ser a estação preferida dos brasileiros, o calor intenso pode ser prejudicial para a saúde cardiovascular. O perigo é maior para quem já tem doenças crônicas como diabetes, hipertensão arterial e doenças cardíacas, como arritmias e insuficiência.

Segundo os cardiologistas, todo mundo está sujeito a sofrer um infarto do miocárdio, mas a chance é maior em pessoas com fatores de risco associados.

“Entre essas condições podemos citar diabetes, hipertensão arterial, colesterol alto, aterosclerose, arritmias, insuficiência cardíaca e outras patologias que afetam o coração. Quando o termômetro marcar 32 graus Celsius, é preciso ficar atento aos sintomas e sinais”, enfatiza a cardiologista Dra. Daniele Salas.

Sangue grosso
O risco de eventos cardiovasculares nos dias mais quentes está relacionado a algumas situações. “Uma delas é que o calor leva à perda de líquidos, já que suamos mais para controlar a temperatura corporal. A desidratação causa a vasoconstrição, ou seja, os vasos sanguíneos ficam mais estreitos com o objetivo de manter a pressão arterial. Entretanto, esse processo acaba deixando o sangue mais grosso e eleva os batimentos cardíacos”, explica a cardiologista.

Durante um dia de muito calor, em resumo, o corpo trabalha de forma dobrada para manter todas as nossas funções básicas. Esse esforço acelera o ritmo cardíaco, pois o coração precisa compensar esse gasto maior de energia.

De olho na pressão arterial no litoral
Outro problema que pode ocorrer é que no litoral a pressão costuma abaixar devido ao nível da pressão atmosférica, que nas cidades praianas é menor.

“O perigo, nesses casos, é que as pessoas hipertensas tomam medicamentos para controlar e reduzir a pressão arterial. Portanto, para esse público em específico é precisa avaliar junto ao cardiologista quais os riscos e o paciente pode fazer para evitar a hipotensão”, diz Dra. Daniele.

A consulta com o cardiologista, para quem já tem doenças cardiovasculares, deve ser feita antes da pessoa sair de férias para uma avaliação do esquema medicamentoso.

Atenção aos sinais

Infarto:
Dor no peito, branco ou maxilar
Tontura
Cansaço
Suor frio
Azia, má digestão, enjoo e vômito
Pressão no peito e falta de ar

Acidente Vascular Cerebral (AVC):
Fraqueza muscular de um lado do corpo
Perda súbita da visão ou visão dupla ou embaçada
Dificuldade para falar
Tontura
Dor de cabeça
Perda do equilíbrio
Confusão mental
Previna-se

Além de procurar o cardiologista antes de viajar ou sair de férias, é preciso tomar alguns cuidados nas férias de verão como caprichar na hidratação, evitar a exposição ao sol, principalmente quando a temperatura estiver acima dos 30 graus Celsius, usar bonés, chapéus e protetor solar, evitar esforços físicos intensos durante dias com altas temperaturas, Evitar consumo excessivo de sal e sódio, investir em alimentos leves, como frutas, saladas, castanhas, evitar frituras e alimentos gordurosos em geral.

Vale reforçar que pacientes com insuficiência cardíaca têm restrições de consumo de líquidos. Portanto, no verão é preciso avaliar junto ao cardiologista uma adaptação para a necessidade maior de hidratação, mas que não coloque em risco o tratamento.

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