Covid-19 matou mais gestantes e puéperas no primeiro ano de pandemia

A Covid-19 matou em maior número gestantes e puérperas do que na população em geral, revela o Estudo do Observatório Covid-19 Fiocruz. Os dados foram publicados na revista cientifica BMC Pregnancy and Childbirth.

Segundo o estudo, em 2020, houve um excesso de óbitos maternos de 40%, quando comparado aos anos anteriores. Mesmo considerando a expectativa de aumento das mortes em geral devido à doença, ainda assim, houve um excesso de 14%.

A probabilidade de uma mulher da zona rural morrer foi 61% maior; mulheres negras tiveram 44% mais chances de falecer e aquelas internadas fora do município de residência, 28% mais do que o grupo controle. Ao longo do primeiro ano da pandemia, o país registrou 549 mortes maternas por coronavírus, principalmente em gestantes no segundo e terceiro trimestre.

O levantamento apontou que as chances de hospitalização de gestantes com diagnóstico de Covid-19 foram 337% maiores. Para as internações em UTI (unidades de terapia intensiva), as chances foram 73% maiores e o uso de suporte ventilatório invasivo 64% maior.

A pesquisa coletou dados do Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe) para óbitos por Covid-19 nos anos de 2020 e 2021, e comparou com dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade no ano de 2020 e nos cinco anos anteriores.

Segundo o pesquisador Raphael Guimarães, o atraso do começo da campanha vacinal pode ter impactado esse resultado de mortalidade. Para ele, o estudo mostrou que a morte materna é marcada pelas iniquidades sociais, que têm relação estreita com a oferta de serviços de qualidade.

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