E-mail revelado reforça argumentos dos atingidos no caso Samarco

Um e-mail revelado durante o processo judicial em curso no Reino Unido sobre o rompimento da barragem da mineradora Samarco vem sendo utilizado pela defesa dos atingidos para fortalecer seus argumentos. Enviado um dia após a tragédia ocorrida em novembro de 2015 na cidade de Mariana, em Minas Gerais, o e-mail foi assinado por Marcus Randolph, ex-chefe de divisão da BHP, e endereçado a outros dois executivos da mineradora anglo-australiana. O teor do e-mail foi revelado nessa última quinta, 18, em audiência no Tribunal de Tecnologia e Construção, na capital inglesa.

O episódio, que resultou em 19 mortes e graves impactos ambientais ao longo da bacia do Rio Doce, motivou os atingidos a acionarem as cortes britânicas visando responsabilizar a BHP Billiton, acionista da Samarco junto com a Vale. O processo representa cerca de 700 mil atingidos, cobrando indenização por danos morais e materiais, incluindo perdas de propriedades, renda, impactos psicológicos e falta de acesso a recursos básicos.

Apesar dos desafios jurídicos, incluindo a reversão de uma decisão anterior favorável à BHP Billiton, o processo continua em andamento. As audiências para determinar as responsabilidades devem ocorrer em outubro deste ano, enquanto a análise dos pedidos de indenização individual pode se estender até o fim de 2026. Enquanto isso, no Brasil, a atuação da Fundação Renova, criada para reparar os danos, enfrenta questionamentos judiciais por parte dos atingidos e do Ministério Público.

Diante desse cenário, em janeiro desse ano, a Justiça Federal condenou a Samarco, a Vale e a BHP a pagar R$ 47,6 bilhões para reparar os danos morais coletivos causados pelo rompimento da barragem. As mineradoras recorrem da decisão.

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