
Professores da rede pública do Distrito Federal decidiram manter a greve iniciada em 2 de junho, após assembleia realizada na manhã desta segunda, 16, no gramado do Eixo Monumental, em Brasília. Em protesto, a categoria marchou até a sede da Secretaria de Educação, localizada no shopping ID, cobrando valorização profissional e melhores condições de trabalho.
Mesmo diante do colapso nos serviços públicos essenciais, como educação e saúde, o governador Ibaneis Rocha (MDB) anunciou que vai cortar o ponto dos grevistas e descartou qualquer possibilidade de reajuste salarial para o funcionalismo em 2025. A medida foi interpretada como mais um sinal de desprezo pelas pautas dos servidores, que há anos enfrentam a precarização da estrutura pública.
Segundo a Secretaria de Educação, das 713 escolas públicas do DF, 102 estão totalmente paralisadas. As demais funcionam de forma parcial, com adesão significativa de professores e servidores ao movimento grevista.
Reforçando o cerco à mobilização, o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) aplicou nova multa ao Sindicato dos Professores (Sinpro-DF), no valor de R$ 300 mil por dia de paralisação — tentativa judicial de frear um movimento que denuncia justamente a negligência estrutural do governo.
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